Desconstruir!
Sempre que estamos perante um desafio, somos chamados individualmente ou em equipa, a dar o melhor de nós!
Independentemente de o desafio ser individual ou de grupo, o importante é conseguirmos ativar o mais breve possível a nossa capacidade desconstruir o assunto.
Muitas vezes, assalta-nos uma ansiedade que nos tira a serenidade necessária para, de forma racional, perceber sequer o que nos está a ser pedido.
Caímos na tentação de querer ter a resposta na ponta da língua, resolver o assunto de imediato, começar a “dar ordens” de imediato, sem pensar nem refletir, lançando nos outros um rastilho de pânico e instabilidade que nos podem levar a resultados e consequências inesperadas.
Nestas situações, a primeira coisa a fazer é parar, respirar um pouco, e o que para mim ou determinada situação pode ser uns segundo ou uns minutos, para outros, pode ser sair para arejar, dar uma volta. O objetivo é parar!
O parar implica fazer um corte com tudo o que temos em mente e que acaba por se enrolar e prejudicar a clareza com que devemos olhar para o desafio.
Por isso, perante certas situações, e no que me diz respeito a mim, não resolvo quando os outros acham que tenho de resolver, resolvo quando eu me sentir capaz e em condições de parar, dissociar-me de outras preocupações e ocupações e aí sim, estarei em condições de me focar no desafio.
Não somos todos iguais, claro, cada um deverá ter o autoconhecimento e conhecimento suficiente da equipa para saber em que momento começar!
Prontos que estejamos, o primeiro convite é responder à pergunta: “onde quero chegar?” “O que está ser pedido?” “O que se pretende com a resolução do desafio?” No fundo, o que é esperado.
A partir do momento em que eu sei onde quero chegar, e consigo visualizar o resultado esperado, devo perguntar-me “onde estou?”
A resposta à pergunta “onde estou” vai trazer-me a autoconsciência individual ou de grupo e permitir visualizar a que distância se está.
Não importa se se está muito longe, o que importa é que se tenha presente a que distância se está do resultado que é esperado.
E é aqui que começa a desconstrução do desafio, do ponto onde estamos ao ponto onde queremos chegar!
Desconstruir significa desmontar o desafio em vários desafios, e esses, em vários outros desafios, cada vez mais simples e atingíveis, até que se comece a perceber que afinal é possível.
Para cada “subdesafio”, segue-se a pergunta o que é preciso para que isto aconteça? Quem tenho de envolver? Que recursos?
E antes de ir “comprar” ou “contratar”, é essencial listar os recursos que já se tem, sejam competências individuais ou da equipa, sejam recursos técnicos ou materiais, para identificar aqueles que precisamos adquirir ou afetar e que não dependam só de nós!
Para o que falta, a estratégia é simples, identificar, visualizar o caminho e definir a estratégia, e nunca andar à deriva!
Desconstruir é tão importante para um grande projeto como para um pequeno desafio que apareça do nada.
O desafio é termos a capacidade de mentalmente e em segundos parar, perceber o que está em causa, identificar o que está ao nosso alcance fazer de imediato e o que, e quem, precisamos fazer e envolver para resolver!
Para construir, é preciso desconstruir primeiro e, com clareza, reunir todos os esforços para reconstruir!
A minha partilha é apenas uma reflexão do que já faço de forma natural, mas existem muitas ferramentas que nos ajudam a esquematizar e entender melhor o processo.
Caso queiras saber mais, partilhar alguma ideia ou colocar alguma questão, estou ao dispor!